Maior contrassenso dos últimos protocolos estaduais foi restringir o acesso aos restaurantes, mediante apenas à apresentação do passaporte vacional, enquanto continuam permitidas as festas particulares, com média acima de três mil pessoas com uma fiscalização contestável. Há um grupo empresarial que monopoliza grandes eventos festivos, inclusive com um famoso ator da cena que é político, o deputado federal Felipe Carreras.
Pertence ao grupo dele, por exemplo, a empresa responsável pela realização no Recife Antigo, sábado passado, da famosa festa "Bloco do Caos", no boteco Parador. Uma multidão foi vista no show sem máscara, conforme vídeo postado neste blog. Em igual sintonia, em dois fins de semana seguidos em Tamandaré, o mesmo grupo promoveu uma gigantesca aglomeração na praia, inclusive com camarotes vips para os "donos de Pernambuco", grupamento socialista, a qual Felipe pertence.
Além de caras e restritas a um grupamento de elite, essas festas enchem de ira o povo pobre. Dá para desconfiar que a invasão às ladeiras de Olinda, domingo passado, por milhares de foliões em "retiro" carnavalesco, foi um ato de rebeldia. "Se os ricos podem se aglomerar, por que nós, pobres mortais, não podemos", ouvi, ontem, de um folião que descia marcando o frevo numa das ladeiras de Olinda.
A exigência do passaporte vacinal reduziu em mais de 50% a frequência nos restaurantes do Recife e Região Metropolitana. Revoltados, comerciantes do ramo ensaiam um protesto em frente ao Palácio do Campos das Princesas para pôr abaixo o decreto exigindo o passaporte da vacina. "É constrangedor exigir de um freguês que prove estar vacinado", disse um dono de restaurante.
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Fonte - Blog do Magno
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